Astrônomos americanos detectaram pela primeira vez galáxias em colisão a cerca de cinco bilhões de anos-luz da Terra mediante a combinação de observações feitas pelo Telescópio Espacial Hubble e o Observatório Keck no HavaÃ.
Em um relatório da Sociedade de Astronomia dos EUA, os cientistas indicaram que as imagens, nas quais foi usada a parte infravermelha do espectro, revelam detalhes sem precedentes das galáxias que têm enormes buracos negros.
Segundo Jason Melbourne, autor principal do estudo, as conclusões iniciais da análise das imagens trouxeram algumas surpresas. "Nunca fora alcançado este nÃvel de resolução espacial no segmento infravermelho", afimou Melbourne.
Segundo David Koo, professor de astronomia e astrofÃsica da Universidade da Califórnia, "esta é a primeira vez em que foi possÃvel cobrir nestas imagens do Universo todas as longitudes de onda da luz, da óptica à infravermelha, com o mesmo nÃvel de resolução espacial".
O astrônomo da Universidade da Califórnia afirmou que isto permitiu observar o que qualificou como "subestruturas" em galáxias distantes, e estudar as estrelas que as formam com uma precisão sem precedentes.
As imagens foram captadas por uma equipe do observatório Keck durante os testes de um sistema que utiliza um raio laser no telescópio de dez metros do observatório do HavaÃ.
Koo contou que com o laser em Keck "se abriu o céu para as observações ópticas adaptadas" e agora é possÃvel dirigir o telescópio Keck a setores da abóbada celeste onde já existem as imagens fornecidas pelo Hubble.
No entanto, como o telescópio de Keck é quatro vezes maior que o Hubble, suas imagens podem ser quatro vezes mais nÃtidas que as do observatório espacial, assinalou.
Essa galáxia em tom de violeta parece estar
canalizando gás para o centro do buraco negro,
produzindo mais energia.
O universo não é mesmo maravilhoso? Cheio de mistérios...